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CONSIDERAÇÕES E REFLEXÕES SOBRE
A ARTE MÉDICA E A CIRURGIA PLÁSTICA

      Gostaria que você, minha querida ou querido paciente, dispusesse de alguns minutos para uma reflexão mais profunda sobre estes temas que vamos abordar, a fim de uma maior conscientização em sua decisão de se submeter a um procedimento médico. Antes, entretanto, quero que você saiba que eu e minha equipe estaremos a sua inteira disposição para maiores informações e esclarecimentos que se façam necessários. Confiança é o vínculo básico que rege a relação de um médico e seu paciente e, dentro desta perspectiva, estarei integralmente empenhado em atendê-lo.

      A Medicina é talvez a mais antiga das artes e ciências e, de fato, seu desenvolvimento esteve intimamente ligado à evolução de nossa espécie humana e de nossa civilização. Todos os povos antigos, que atingiram certo grau de civilização, experimentaram uma atividade médica compatível com seu desenvolvimento. Os egípcios, os persas, os gregos, os chineses, os romanos, os hindus e tantos outros povos e civilizações antigas, deixaram-nos um legado que, muitas vezes, até nossos dias, são utilizados na prática médica, naturalmente com as adaptações da evolução tecnológica que nunca cessa.

 

      Os egípcios conheciam a trepanação (realizavam cirurgias dentro da cavidade craniana); os persas desenvolveram o conceito de "droga" e catalogaram considerável conhecimento relativo às plantas medicinais; os gregos foram os precursores da medicina moderna, estabelecendo as bases da ética na atuação médica, com a iluminada figura de Hipócrates, considerado o Pai da Medicina; os chineses conheciam a circulação do sangue e anatomia humana além de grande quantidade de métodos de tratamento, inclusive a massagem e a acupuntura; os romanos absorveram os preceitos da medicina grega e desenvolveram consideravelmente a medicina de guerra e as amputações; os hindus descreveram em sua mais antiga obra, Os Vedas, várias técnicas de reparação cirúrgica que até hoje são utilizadas, como a reconstrução nasal com a utilização de um retalho frontal.

Os povos mais primitivos também praticavam atos de cura, embasados no empirismo, em superstições e em tradições místico-religiosas. A figura do curandeiro, do feiticeiro, do xamã, demonstra que o instinto de cura sempre esteve presente de forma cabal na espécie humana. Mesmo animais mais inferiores demonstram-no: a coruja livra-se do piolho das penas, tomando banhos de poeira; um animal ferido lambe os próprios ferimentos, fazendo uso da propriedade antibiótica de sua saliva; um cervo que sofra de doença decorrente de deficiências nutricionais é capaz de percorrer grandes distâncias, a fim de encontrar um lago salgado, ou uma vegetação que contenha os elementos que lhe estejam faltando. As estações de cura, para benefícios de seres humanos, são lugares que inicialmente foram encontrados por terem sido pontos de convergência instintiva de animais que procuravam banhos curativos, ou águas purgativas.

     A figura do médico sempre esteve presente no inconsciente coletivo da humanidade. O nascimento e a morte são assistidos por um médico; o sofrimento e a dor, aliviados por um médico; o crescimento e a senectude, monitorados por um médico; desordens físicas e psíquicas, minimizadas por um médico; enfim, em todos os momentos críticos por que passa o homem em sua vida, há a presença desse ser, que em nossa atual fase de civilização denominamos médico.

      A Medicina, com o passar dos tempos, evoluiu e, como ciência, muito lentamente despertou. Pode-se dizer que foi quase a mesma desde os tempos hipocráticos até os meados do século XIX, quando experimentou uma intensa evolução. Foi somente em 1846, no Hospital Geral de Massachusets, que Willian Morton anestesiou, pelos conceitos modernos, o primeiro paciente da história, submetido à uma intervenção cirúrgica sem dor, pelo cirurgião - ainda incrédulo - Thomas Warren. Até aquele tempo, cirurgia e dor eram sinônimos. Somente alguns anos depois que, em 1865, o conceito da antissepsia foi desenvolvido por Joseph Lister, da Universidade de Glasgow, quando preconizava, baseado nos pioneiros trabalhos do francês Pasteur, a lavagem das mãos do cirurgião com ácido carbólico, antes das intervenções cirúrgicas. Este procedimento, simples e rotineiro em nossos dias, foi inicialmente ridicularizado pela comunidade acadêmica da época, mas reduziu drasticamente as infecções cirúrgicas, que eram o grande "fantasma" de pacientes e cirurgiões. Até aquele tempo, cirurgia e sepsis eram quase sinônimos.

     Apenas em 1928, Alexander Fleming, bacteriologista do Saint Mary's Hospital, de Londres, descobriu, acidentalmente, o primeiro antibiótico a ser produzido em escala industrial: a penicilina. Até então, morria-se de infecção sem possibilidade de tratamento adequado; era comum, nas guerras, mais baixas por infecção como tifo, malária, varíola, cólera, do que propriamente em batalha. Somente a partir da Primeira Grande Guerra foram desenvolvidas substâncias químicas modernas que puderam salvar mais vidas do que as vidas que foram perdidas em todas as guerras, a contar de quando o Homo sapiens, nada sabiamente, tornou-se beligerante.

      Dessa forma, podemos notar que, somente a partir do que chamamos "o século dos cirurgiões" (período compreendido entre a última metade do século XIX e primeira metade do século XX) é que se desenvolveu, às custas de uma imensa dedicação e sacrifícios, de lágrimas e sangue, a Medicina da forma como nós a conhecemos e vivenciamos hoje - início de um novo milênio. A despeito de toda a evolução que passamos nestes últimos 150 anos, (quando experimentamos a descoberta, profilaxia e cura de inúmeras doenças; a criação de novas técnicas e táticas cirúrgicas; a incorporação de tecnologia de ponta nos métodos diagnósticos e terapêuticos) é muito importante saber que, em sua essência, a Medicina não mudou.

Ilustra esse fato, de forma um tanto anedótica, "Uma breve história da Medicina" , de autor desconhecido.
"Doutor, estou com dor de ouvido...", ao que o médico responde, dependendo da época:

  • 2000 a.C.- "Tome, coma esta raiz".
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  • 1000 d.C. - "Essa raiz é pagã, reze esta oração".
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  • 1850 d.C. - "Essa oração é superstição, beba esta poção".
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  • 1940 d.C. - "Essa poção é óleo de serpente, engula esta pílula".
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  • 1985 d.C. - "Essa pílula é ineficaz, experimente este antibiótico".
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  • 2000 d.C. - "Esse antibiótico é artificial. Tome, coma esta raiz..."

 

  A Medicina não é uma ciência exata, antes, uma aplicação de várias ciências, entre elas a ciência biológica (bio = vida; logos = estudo) que é uma ciência de probabilidade, de experimentação, de possibilidades estatísticas. A Medicina nunca foi, não é, e talvez nunca será, uma ciência de certeza, de garantia de resultados. Essa possibilidade está fora do âmbito da Medicina, por sua própria natureza de ciência biológica.

      Como diziam os antigos médicos franceses, "en Medicine comme en amour, on ne dit ni jamais, ni toujours" (na Medicina como no amor, não dizemos nunca, nem sempre.)
      Não é tão óbvio nos questionarmos, então, qual é o objeto da Medicina, a que ela se presta hoje? A resposta, aparentemente fácil, torna-se complexa na medida em que mergulhamos em sua perplexidade. Inicialmente, diríamos que, tradicionalmente, a preocupação primordial da Medicina é evitar ou adiar a morte, aliviar a dor e tratar das doenças conhecidas ou vindouras que assolam a humanidade. Entretanto, com o desenvolvimento da civilização moderna, esta assertiva ficaria, no mínimo, incompleta. Vivenciamos uma ampliação de seu espectro de ação, no sentido de melhorar a qualidade de vida do homem e procurar atingir ideais estéticos. Hoje, o conceito de saúde, pela definição da Organização Mundial da Saúde, não mais significa ausência de doença, mas o bem estar físico, psíquico e social do homem.
      E como é ampla essa definição! Ela transcende os limites da própria Medicina, e cria novas possibilidades para a atuação do médico e paramédicos. É nesse escopo que gostaríamos de expor, meu caro paciente, onde se situa a Cirurgia Plástica.

      A Cirurgia Plástica é um subconjunto, um ramo da Cirurgia Geral, que por sua vez é um importante, básico e fundamental ramo da Medicina. A Cirurgia Plástica, portanto, é parte integrante, em sua totalidade, da Medicina e, destarte, obedece os mesmos preceitos e as mesmas regras, dispõe das mesmas técnicas e táticas, submete-se às mesmas limitações, utiliza-se do mesmo cabedal de conhecimentos e, por isso, não se distingue desta em nenhum aspecto particular. Para ser cirurgião plástico é preciso, ser antes, médico,com amplos conhecimentos de clínica, e cirurgião geral de larga experiência.

Houve um tempo em que se tentou dividir a Cirurgia Plástica em Cirurgia Reparadora ou Reconstrutiva e Cirurgia Estética. Essa divisão, inicialmente de caráter didático, acabou com o tempo desvirtuando o verdadeiro sentido da especialidade. Hoje a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o Conselho Federal de Medicina, a Universidade de São Paulo, não mais dissociam a especialidade que, em sua essência, permanece íntegra. Sempre irão existir aspectos estéticos na reparação e reconstrução, e aspectos reparadores e reconstrutores na cirurgia estética. Gostaríamos de elucidar o exposto com um exemplo que vivenciamos na prática médica:

      Suponhamos um jovem que tenha sofrido um acidente e amputou a totalidade do nariz. Ou uma senhora que, após ter sua prole constituída, teve sua mama extirpada em conseqüência de tratamento de um câncer. Ambos, sem dúvida, sofreram imensamente a perda desses atributos físicos. Mas, em uma análise fria, não há nenhum impedimento fisiológico, vital, que impeça a continuidade biológica de suas vidas. O jovem não deixará de respirar e viver pela perda (não conseguirá mais ter olfato) e a senhora, da mesma forma, continuará vivendo, embora não possa mais amamentar ou ter sensação táctil na mama estirpada. Ambos podem solicitar a reconstrução nasal e a reconstrução mamária respectivamente. O resultado desses procedimentos depende de uma série de variáveis e, ao término das cirurgias, deve ser comparado com a mutilação instalada e não com o nariz e a mama perfeitos.

      Em adição, não há um retorno funcional dessas estruturas; o nariz reconstruído não reproduz as mesmas funções fisiológicas de um nariz normal; não é capaz de sentir olfato, ou aquecer e umidificar o ar que vai para os pulmões. Da mesma forma, a mama reconstruída não terá sensações táteis normais, nem poderá amamentar, uma vez que não é possível a reconstituição de um parênquima mamário. Se formos analisar o âmago da questão, essas cirurgias reconstrutoras teriam um caráter predominantemente estético pois não conseguimos o retorno à função dos órgãos perdidos. Talvez, a justificativa desses complexos procedimentos, que necessariamente implicam riscos, é a necessidade do ser humano voltar à normalidade, estar dentro dos limites do que se considera normal, embora seja impossível estabelecer essas fronteiras.

     Vamos analisar agora um outro jovem que tenha um nariz avantajado e sofra as humilhações próprias da idade, com a pilhéria dos colegas e, uma moça que tenha os seios avantajados e não consiga praticar esportes, começando a desenvolver um desvio na coluna cervical, em decorrência do peso das mamas. Numa análise mais superficial, esses problemas poderiam ser corrigidos com o que se convencionou chamar de cirurgia estética do nariz (rinoplastia) ou da mama (mastoplastia redutora). Mas, ao operar o garoto, houve uma melhora funcional, pois se alinharam as estruturas que impediam um fluxo de ar adequado às câmaras nasais. E a garota, evitou um complexo tratamento ortopédico, pois livrou-se a tempo do vetor que a inclinava para frente. Seriam estes procedimentos estéticos? Do ponto de vista funcional, restauraram mais a função dos respectivos órgãos que as cirurgias do exemplo do parágrafo anterior. Do ponto de vista psicológico, houve também a sensação de retorno à normalidade, de se poder estar dentro dos limites da normalidade, em seus respectivos meios e padrões bio-psico-sociais.

      Cirurgia Estética? Cirurgia Reconstrutiva? Cirurgia Reparadora? Na verdade, tudo é Cirurgia Plástica, sem limitações quanto às definições. Tudo é Medicina, que é una, indivisível e, assim, em todos os aspectos, deve ser considerada.
A Cirurgia Plástica tem as mesmas dificuldades e perplexidades de toda a Medicina, pois é seu subconjunto pleno. São as mesmas suas vitórias e conquistas, pois sempre participou da evolução da ciência. E hoje, pode-se dizer, lidera os mais diversos campos do conhecimento médico, como os transplantes, a microcirurgia, cirurgia fetal etc.
Visto isto, gostaríamos de discutir um importante tema, que naturalmente decorre após essa explanação. Há garantia em Medicina? O que é um erro médico? Que risco se corre ao se submeter a uma cirurgia plástica? Vale a pena?

"Tudo vale a pena, se a alma não é pequena
Quem quere passar além do Bojador,
Tem que passar além da dor"

(O lindo poema de Fernando Pessoa, "Mar Portuguez", resume magistralmente os perigos e a saga das navegações portuguesas do século XV, quando, ao se superar as tormentas do Cabo Bojador, os destemidos lusitanos deram início ao maior empreendimento da história da humanidade: a era dos descobrimentos.)

Existe alguma atividade humana isenta de riscos? Tem a aventura humana na Terra alguma garantia?

      A Cirurgia Plástica, assim como toda a Medicina, não tem garantia de resultado, visto que não é uma ciência exata, mas, antes, uma ciência biológica, onde inúmeras variáveis concorrem para um mesmo fenômeno. Portanto, é uma ciência de probabilidade de bons resultados, mas não de certeza. Ainda agora, no século XXI, a Medicina não domina inteiramente inúmeros fenômenos como cicatrização, restauração, regeneração, reações aos fios de sutura, infecção, reinervação, revascularização, encapsulamentos, extrusão de próteses, interações farmacológicas, alergias, embolias, anafilaxias etc. Não deve ser exigido do cirurgião plástico a perfeição, mesmo porque a própria natureza não o consegue (por exemplo, não existe uma simetria perfeita entre os 2 lados do corpo).

      De um médico em geral, ou de um cirurgião, em particular, não se espera que seja infalível - este conceito está fora de qualquer atividade humana - mas se exige que o médico aja com ética, que não deixe de recorrer aos meios usuais para o tratamento (não seja negligente), nem empregue técnicas ainda experimentais ou controversas (não seja imprudente) e seja competente em seu campo de atuação (não aja com imperícia). Depreende-se dai que a única "garantia" que a Medicina possa oferecer é que se aja dentro dos rigores da Ética Médica, atuando-se com perícia, prudência e diligência. Qualquer outra pretensão escapa das definições de todos os órgãos que regulamentam a atividade médica, como o Conselho Federal de Medicina, os Conselhos Regionais de Medicina, a Associação Médica Brasileira, a Associação Paulista de Medicina e mesmo o nosso Código Civil.

      Um resultado adverso ou negativo em Medicina, não significa necessariamente um erro médico. É evidente, que se pairarem dúvidas sobre a atuação precisa de um médico, há necessidade de uma investigação, pelos órgãos competentes, para se determinar se houve culpa, caracterizando-se imperícia, imprudência ou negligência. Aí sim, pode-se falar em erro médico. Mas, na grande maioria das vezes, um resultado indesejado não é erro médico.

      Também é importante ponderar que nunca o honorário médico está vinculado a uma garantia de resultado, mas ao trabalho profissional, à formação laboriosa do médico, aos seus anos de especialização e experiência, a fim de que possa exercer a Medicina com honra e dignidade. O artigo 91 do capítulo VIII do Código de Ética Médica resa que "é vedado ao médico firmar qualquer contrato de assistência médica que subordine os honorários ao resultado do tratamento ou cura do paciente."

      Quanto aos riscos sistêmicos inerentes à cirurgia plástica, pode-se dizer, de uma maneira geral, serem menores do que outras cirurgias pois, sendo uma conduta cirúrgica planejada, poderá aguardar a oportunidade ideal para ser realizada. De tal forma, se o organismo não estiver em situação ótima e livre de fatores de ordem geral (infecção, debilidade orgânica, anemia etc), a cirurgia será adiada até que se atinja o equilíbrio desejado. O risco de vida portanto, baseado em estudos estatísticos, não deverá ser maior ou menor, que aquele determinado por uma viagem de automóvel, avião ou simples cruzamento de uma via pública. Sem dúvida que viajar com um Mercedes Benz em uma estrada "autoban" na Suíça, ou voar pela Canadian Airlines, ou atravessar uma rua em Viena, pode ser estatisticamente mais seguro que trafegar com uma Brasília na Fernão Dias, ou voar pela Lineas Aereas de Cucaracha, ou atravessar uma avenida em São Paulo. Entretanto, acidentes acontecem na Suíça, aviões caem no Canadá e atropelamentos ocorrem na Áustria.

Quanto ao resultado, o sucesso da Cirurgia Plástica deve ser medido pelo grau de melhoria obtido, jamais pela perfeição a atingir.

      Não se justificam fantasias desvairadas ou a idéia que o cirurgião plástico, magicamente, num passe de bisturi, possa resolver a existência do ser humano: uma esposa não reconquista o marido, o homem não conquista mais mulheres, o idoso não volta a ser jovem, nem há mudança de grupos étnicos. A mídia em geral, nesse sentido, presta um desserviço, ao aludir propriedades à Cirurgia Plástica, que não estão ao alcance da Medicina, neste momento. O diálogo franco e honesto, com um especialista devidamente credenciado, continua sendo o mais importante fator para a decisão correta quanto à cirurgia. Não confie em promessas mirabolantes como a realização de "plástica sem cicatrizes" ou " cirurgia com garantia" pois se baseiam mais na inexperiência ou na desinformação de quem isso anuncia do que na realidade dos fatos. Ou, no interesse de manter as pessoas desinformadas... Aqui se incluem as "previsões" dos resultados ou as "opções" a gosto do cliente, feitos por computação gráfica.

      O Brasil sempre foi considerado uma grande escola da Cirurgia Plástica. Existe um grande número de cirurgiões plásticos adequadamente credenciados para atender nossa população. Para o Brasil, acorrem inúmeros cirurgiões de todas as partes do mundo a fim de apreender a nossa arte. Para cá, vêm pacientes de todas as nacionalidades com intuito de serem operados. Talvez a Cirurgia Plástica brasileira seja a nossa mais alta distinção, desde que o futebol e a fórmula I perderam seu encanto. ("O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia, mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia, porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia"- Fernando Pessoa)

     Nunca a Medicina esteve tão avançada como nos dias atuais, firmemente embasada em rigores científicos, alicerçada em convicções globalmente testadas e comprovadas, e apoiada por um intenso avanço tecnológico. Neste momento conturbado por que passamos, de transição, de ebulição do mundo, de seus dogmas e certezas, gostaria de citar um fragmento de um discurso do Papa Pio XII, de 1967:

      "Se considerarmos a beleza física sob a Luz de Deus, e se respeitarmos as condições ditadas por nossos ensinamentos morais, não está a Cirurgia Plástica em contradição com o desejo de Deus, pois ela procura restaurar a perfeição da maior obra da criação, o ser humano."

      Segundo Jaunier, "o cirurgião plástico é o cirurgião da alma, e a cirurgia plástica pode ser um meio para ajudar a curar a angústia fundamental do homem."

      Com estas instruções e reflexões, eu e minha equipe, estaremos integralmente dispostos a atendê-lo, à luz da ciência, da honestidade e de respeito mútuos, com um intenso laço de confiança, transcendendo a relação médico-paciente para uma relação de amizade fraterna. O grande amor com que exerço minha profissão - sempre manifesto no seio de minha família, tradicionalmente de médicos, com as imaculadas figuras de meus avôs e meu pai, que tanto honraram a profissão médica - é o que de mais nobre posso oferecer. A imensa alegria de ser médico e poder participar da saga da Medicina, é o que anima minha existência.

      Com efeito, o grande filósofo iluminista Descartes disse:

"Se houver algum meio possível de se aumentarem a sabedoria comum e a habilidade do gênero humano, esse meio terá de ser procurado na Medicina."

Porque a Medicina é a Ciência da Humanidade.

 

 

 

 

 

 

 

 

Prof. Dr. JOSÉ CÁSSIO ROSSI VIEIRA 

 

  

 

           
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